terça-feira, 27 de outubro de 2009

As gírias são um fenômeno de linguagem especial usadas por certos grupos sociais pertencentes a uma classe ou a uma profissão.

Aqui no Paraná usamos várias gírias. Você conhece outras ?

Fraga = entendeu, presta atenção.
Busão= ônibus, circular
Barrosa = bicicleta
Chapado = bêbado
Osso = algo difícil, complicado.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Você acha que as novelas prejudicam a formação das crianças?

"SIM"
A importância que os meios de comunicação de massa adquirem na educação e formação da opinião pública é cada dia maior. O legislador preocupado com essa influência na formação das crianças recomenda que as emissoras de rádio e televisão somente exibam ao público infanto-juvenil programas com finalidades educacionais, artísticas, culturais e informativas (Art. 76 do Estatuto da Criança e do Adolescente). Não tem sido esse, contudo, o conteúdo dos programas de televisão, sobre tudo as novelas e seriados, que têm abusado de temas que desconsideram tais recomendações.
A banalização das cenas de violência e sexo tem conduzido os telespectadores – mirins a buscarem na vida real a imitação dos roteiros produzidos para seus ídolos televisivos. É comum ver crianças que nem sequer andam ou falam com perfeição posicionando-se como tais personagens. As cenas de violência e crime praticados pelos personagens de seriado de televisão, muitas vezes com final feliz para esses agentes criminosos, têm estimulado a violência sobretudo nas crianças e nos jovens. O que levará um jovem a atear fogo em um índio inofensivo ou em um mendigo indefeso?
Já as cenas de sexo, sem orientação devida, levam os jovens iniciantes a busca desses prazeres desconhecidos de forma equivocada como induzem os falsos ídolos. Desse modo, um poderoso meio de comunicação que, se usado de forma responsável, pode ser a grande arma de educação e libertação de um povo, desvirtuando essas patrióticas finalidades, termina sendo um instrumento da banalização de violência e de estimulo a ignorância.




"NÃO"
A televisão influencia as crianças, como céu azul ou os hambúrgueres. São realidades, dados que as crianças encontram no mundo ao nascer (a não ser que sejam membros de uma comunidade de amish, coisa que muita gente veio a conhecer depois de assistir A testemunha na tevê). Seus pais assistem, seus colegas assistem, seus professores assistem. Uma situação importante de uma telenovela é discutida com a mesma intensidade de uma decisão de um campeonato nacional ou o destino do Rei Leão. Até aí, quase todo mundo concorda. O que ainda provoca debate é a chamada influência perniciosa da televisão. São comuns as acusações de que a novela prega maus exemplos mostrando famílias em crises, filhos desrespeitando a autoridade paterna, etc. O mesmo tipo de acusação que envolveu a indústria dos quadrinhos americanos na década de 50 e os folhetins de Charles Dickens no século passado.
Com certeza, o buraco é mais embaixo. A televisão não é perfeita. A erotização infantil através das horríveis danças das garrafas é nefasta. Deve ser combatida pelos pais, junto aos seus filhos. Mas, na média, a tevê resume os valores aprovados pela sociedade do seu tempo. O desaparecimento do mal, a apresentação de uma vida pela televisão onde tudo é harmonia, onde não existe ameaças nem sofrimento podem causar uma televisão sem graça como preparar erradamente uma criança. É ingênuo pensar que a televisão pode abrir mentes ou fechá-las entupindo as pobres criancinhas com valores horrendos. A televisão tem muito poder – mas o limite desse poder sobre qualquer criança depende dos pais que não podem se esquivar da função de ensinarem o que acreditam ser o certo e o errado.

Isto É. São Paulo, Três, nº 1444, 04/06/97